julho 09, 2011

De repente passou o tempo em que tudo era fácil, tudo era fase, tudo era um mundo mágico e fantástico o qual ninguém mais tinha acesso. Eu queria saber qual foi o momento que passou assim, tão brusco, quando foi isso? Por que não consigo lembrar? Em que momento o tempo passou? Por que eu me sinto uma criança ainda? O que é sentir-se adulto? Por que cada vez fica mais difícil achar palavras bonitas?

É o fim da saga, todos prontos para a próxima, todos menos eu. Cada passo agora parece difícil, calculado. Saudade de quando tudo era simples. Saudades do nunca.

abril 13, 2011

To com aquela preguiça mental fudida, sáqualé? Do tipo que vão surgindo dezenas de idéias legais na sua cachola mas que dois segundos depois só de pensar no trabalho que vai gerar para concretizar essas idéias você desiste na hora. E é assim só a noite. Não adianta, eu não funciono bem durante o dia, quase desabo de sono, e quando chega a noite não quero dormir. Eia.


janeiro 24, 2011

Não houve sequer necessidade de engatinhar, à primeira vista, ou talvez ao primeiro toque já sabíamos como correr, e queríamos correr. Correr e explodir duas mil cores, num impacto extasiante. Nada se ouvia, nem mesmo sua respiração.
O amor chegara pela primeira vez de surpresa
Pela primeira vez o amor chegara.

dezembro 13, 2010

Mais um ano vai chegando ao fim, mais uma idade nova, 19 sempre pareceu estar tão distante, agora o Jean criança parece estar tão distante. Claro que a criança nunca morre, claro que estou tão perto de ser adulto quanto a geração atual está perto de ouvir música de verdade. Me apavoro cada vez mais com o mundo ao meu redor, eu compreendo, mas me apavoro. Me apavoro também com as pessoas que enlouquecem e me enlouquecem todos os dias, meu, se até eu consigo ser normal sem esforço algum, será que custa muito exercitar o lado humano um pouquinho?

Cercado de loucura, de ignorância, de grosseria, de falsidade, e dos truques pra relevar tudo isso, segue-se uma rotina esmagadora, porém suportável, adquire-se novas habilidades que você nem imagina que existiam... Não sabia o que era paciência até perde-la realmente. O tempo torna-se um conhecido, daqueles que você vê todo dia e não cumprimenta por não saber se é seu amigo ou inimigo, mas que você conhece desde sempre. Livrar-se dele seria inútil, todos estamos amarrados à ele.
Sinto falta de não ter responsabilidades... Sinto falta do velho e bom amigo Jean, sinto falta de sentir como sinto agora. Algumas coisas jamais serão desconstruídas,e incluo meus bons e velhos sentimentos nessa lista.

outubro 06, 2010

Agora a liberdade e a vontade de abrir as asas e voar me atinge em cheio.

Talvez em uma conversa eu não me expresse tão bem quanto escrevendo. A minha insegurança continua ali e continuo sem saber porquê diabos ela existe e porquê nunca acaba. O que me assusta é quando as pessoas vomitam elogios na minha cara e eu inconscientemente não acredito, como se entrasse no meu ouvido e passasse por algum filtro se elogios, e eu só ouço o resto da conversa, é estranho. Mas talvez seja algo que eu deva aprimorar com o tempo, sei lá.
Enfim, faz parte de mim. Assim como as partes boas também fazem.

agosto 22, 2010

Nós fechamos nossos olhos e ambos sabemos pra onde estamos indo. O caminho poderia ser feito em silêncio se ambos não fossemos tão tagarelas. Embora os lábios movimentando-se rapidamente entre assunto e outro sem sossego, ambos corações estão em paz e suas almas consoladas com o que virá a seguir. Entre um passo e outro ouve-se o silêncio chegando cada vez mais perto, e quando o próximo passo sente que o campo está mais fofo, tiramos os calçados e pisamos no chão morno. E cada um dos zilhões de grãos ali parecem únicos, juntos como uma coisa só, formando nosso pequeno gigante paraíso.
E então o som mais perfeito entra suavemente por nossos ouvidos, a primeira onda quebra e é como se nossas almas explodissem em cores e flutuassem pela paisagem toda, iluminando cada pedaço de toda aquela imensidão. Quando nossos olhos se encontram sinto minh'alma tomar conta de tudo, me vejo correndo na beirada espirrando água por todo o meu corpo, e ela é claro me acompanha também, extasiada numa dança perfeita, uma mistura de cor, vento, água e uma pitada de imaginação. Dançamos ali por horas, enquanto o mar tocava a melodia suave e as águas entravam na nossa dança. O céu refletia nossas cores por alguns minutos, eu disse em silêncio que à amo, e ela responde que sim. Nos damos as mãos e voamos por todo aquele lugar, o vento soprando, nos carregando num timbre perfeito.
Talvez nós nunca descobriríamos que aquilo fosse uma dádiva, talvez pra nós o mar fosse só o mar, e as cores do céu fossem somente o final da tarde chegando, talvez nós nunca acreditássemos que aquele era o maior tônico pra nossas almas. Mas pelo menos dançamos no ritmo, desafinamos refrões insípidos e inapropriados, e voltamos pra casa de alma leve e recarregada.

junho 21, 2010

maybe

O normal se torna magia, e a magia se torna normal.
E como é complicado descomplicar as coisas, como é difícil tornar-se simples. Como era simples ser complicado. Ser simples, ou tentar ser simples realmente é muito difícil. Ser desafiador, ser contraditório, fazia eu me sentir muito melhor do que simplesmente aceitar as coisas "porque tem que ser assim". Como era bom às 2 da manhã chorar até não poder mais por motivo algum, apenas por chorar e pra me livrar do excesso de um peso que ainda não descobri o que era. Embora esse peso ainda exista aqui, não consigo mais chorar às 2 da manhã, alias eu nem consigo mais ficar acordado até as 2. Sou só eu que ainda olho pro lado e vejo as pessoas "amadurecerem" e acho isso estranho, inapropriado e embaraçoso? Provavelmente.
Eu costumava gostar da minha diferença, até me fazerem sentir que ela não era bem vinda, e que devia mudar. Ser o padrão parece ser o maior fetiche, talvez não pra mim. Talvez por isso que Ela faça eu me apaixonar por ela sempre, pelo seu jeito contraditório, pelo que ela é, pelo que ela me transmite. Não é somente sua música, mas ela mesma, ela mesma me fascina, me chama atenção desde a primeira vez que a vi. (Pequena homenagem à Leone).
Mas apesar dos pesares, eu gosto das coisas mais simples, encontro enorme felicidade em pequenas coisas que talvez pra maioria das pessoas passem despercebidas, o que em contradição talvez também eu me entristeça por coisas simples, e talvez eu seja simples enfim, e talvez isso seja bom. Só talvez.